O coração é o responsável pela distribuição do sangue fornecendo oxigénio e nutrientes aos órgãos e tecidos.
O músculo cardíaco funciona como uma bomba, mantendo um ritmo de contração e relaxamento contínuo, medido por minuto, é a frequência cardíaca.
Em condições normais de saúde e sem estímulos externos, a frequência varia de 60 a 80 batimentos por minuto.
Quando o ritmo dos batimentos sai dessa faixa o coração está com uma arritmia. A aceleração é chamada de taquicardia e a batida mais lenta recebe o nome de bradicardia.
A bradicardia pode em qualquer idade e condição de saúde, mas é mais comum em adultos acima de 65 anos – a tendência é de o ritmo cardíaco diminuir naturalmente à medida que se envelhece.
No caso de pessoas muito ativas fisicamente, que se exercitam regularmente, a bradicardia pode ocorrer porque o coração bombeia o sangue com mais eficiência e atende às necessidades do corpo mesmo batendo devagar. Portanto, uma frequência baixa nem sempre é sinal de um coração mais fraco.
A bradicardia pode acontecer devido a uma ampla gama de razões sendo possível que ocorra devido a certas condições cardiológicas com as quais nascemos (cardiopatias congénitas), sendo elas genéticas ou não, ou por consequências de questões que se desenvolvem ou surgem no decorrer da vida.
Por exemplo, uma disfunção no sistema de automatismo do coração, levando a uma redução acentuada dos batimentos (disfunção do nó sinusal); bloqueio na transmissão dos impulsos elétricos (bloqueios atrioventriculares) ou por consequência de inflamações no órgão: inflamação do revestimento interno do coração (endocardite), do próprio músculo cardíaco (miocardite) ou do saco pericárdico que segura e amortece o coração (pericardite). Também pode acontecer devido a certos problemas nutricionais e distúrbios alimentares (entre eles a anorexia nervosa).
Entre os principais sinais da bradicardia estão:
- desmaios (síncope)
- incapacidade do coração em bombear sangue suficiente (insuficiência cardíaca)
- dor ou incómodo na região do peito (angina)
- falta de ar
- fadiga
- palpitações
- problemas de memória
- confusão
- dificuldade de concentração
- tontura
- em quadros mais graves, paragem cardíaca ou morte súbita.