O cancro do pâncreas é o 12.º mais comum no mundo, sendo a oitava causa de morte nos homens e a nona nas mulheres. Apesar de raro, regista a taxa de sobrevivência mais baixa de todos os cancros. Um artigo do médico Hélder Mansinho, Oncologista e Presidente do Grupo de Investigação do Cancro Digestivo.
Dados do Globocan, estimam que em Portugal exista uma incidência de 1.000 novos casos por ano. A média de idade de aparecimento destes tumores centra-se nos 71 anos, variando a sua incidência de 1 a 10 casos por 100 000 habitantes.
Os sinais e sintomas são pouco específicos, e podem confundir-se com outras situações clínicas. Nesse sentido o grupo PCE (Pancreatic Cancer Europe) realizou uma informação para divulgação entre a população centrando-se em 10 sinais de alerta. Estima-se que na Europa a sobrevivência global aos cinco anos após o diagnóstico seja inferior a 5%. O diagnostico atempado é o objetivo.
Rápido e silencioso
O cancro pancreático progride de forma rápida e silenciosa, pelo que, a esperança média de vida dos doentes depende, do estadio inicial e da possibilidade de ser operável. Importa aqui destacar que cerca de 80% dos doentes não podem ser tratados cirurgicamente no momento de diagnóstico devido à progressão para doença localmente avançada ou metastática na fase assintomática.