Os epidemiologistas são “heróis invisíveis” que garantem a saúde e a segurança de sociedade.
“A epidemiologia desempenha um papel essencial na promoção da equidade em saúde. Os epidemiologistas identificam desigualdades em saúde e trabalham para entender as causas subjacentes, permitindo tomar medidas para garantir que as pessoas tenham acesso equitativo aos cuidados de saúde”, defendeu Margarida Tavares, no dia 6 de setembro, no Porto, numa iniciativa ibérica dedicada ao tema “epidemiologia para construir o futuro”.
A Secretária de Estado da Promoção da Saúde falava na sessão de abertura da XLI Reunião Anual da Sociedade Espanhola de Epidemiologia e XVIII Congresso da Associação Portuguesa de Epidemiologia, onde destacou que a epidemiologia “fornece os alicerces para a tomada de decisões informadas em saúde individual e populacional, permitindo entender e responder às doenças e aos transtornos que ameaçam a saúde das comunidades”.
A governante referiu ainda que “no mundo atual, marcado por desafios crescentes em termos de saúde, o papel dos epidemiologistas é mais crucial do que nunca”, acrescentando que “as doenças infeciosas e os seus agentes podem disseminar-se rapidamente”, como aconteceu com o vírus SARS-CoV-2, momento em que epidemiologia surgiu como “a primeira linha de defesa”.
Além da importância do trabalho de “entender e responder às crises de saúde pública”, a secretária de Estado defendeu que “os epidemiologistas desempenham um papel crucial na capacidade de compreender e aprender com as crises do passado”.
Margarida Tavares considera que o “trabalho discreto” dos epidemiologistas, que classificou de “heróis invisíveis”, garantem a saúde e a segurança de sociedade. “Os epidemiologistas são os arquitetos por trás das estratégias de prevenção e mitigação, de rastreio de contactos e quebra das cadeias de transmissão e análise de dados que orientam as respostas a crises de saúde sanitárias, sejam infeciosas ou outras”, reforçou.
Além das respostas em situações de crise, a secretária de Estado afirmou que “a epidemiologia desempenha também um papel crucial no estudo e prevenção de doenças não transmissíveis”, como as doenças cérebro-cardiovasculares, oncológicas, metabólicas ou neurológicas e degenerativas, “ameaças sérias à população e o seu envelhecimento saudável”, alertou.