Nem sempre é simples manter o equilíbrio entre a vida pessoal, a vida social e a vida profissional. No ritmo acelerado dos dias, por vezes, sentimos que a vida profissional parece que se sobrepõe e toma conta da maior parte da nossa energia. Quando assim é e nos deixamos assoberbar pelo mundo laborar, muitas vezes o cansaço físico ou psicológico associado à profissão são tão expressivos que perdemos o nosso equilíbrio e acabamos por entrar num estado de burnout.
Ora é essencial que todos possamos estar conscientes dos principais sinais de alerta e que nos permitamos a parar para reequilibrar sempre que necessário.
Neste sentido, existem alguns sinais de alerta que podem ser indicadores de burnout, aos quais deve ficar atento, dos quais destacamos:
Cansaço persistente – sentir cansaço generalizado, quer físico quer emocional. Cansaço esse que, mesmo após alguns dias de descanso, parece nunca se dissipar. No fundo, é um sinal de alerta quando começa a sentir que faça o que fizer, parece nunca conseguir renovar as suas energias e sentir-se pleno.
Sentir-se preso no seu pensamento – sentir que os seus pensamentos estão sempre focados em questões laborais. Isto é, mesmo após chegar a casa ou em momentos fora do trabalho, os seus pensamentos focarem-se sempre em preocupações e questões associadas ao trabalho ou à sua performance laboral.
Quebra de relações em contexto laboral – a qualidade das relações em contexto laboral é essencial para o bem-estar profissional. Quando não existem relações de qualidades no trabalho, ou essas relações se quebram, há maior probabilidade de todo o ambiente de trabalho ser mais stressante e mais difícil de encarar, colocando-nos mais perto da exaustão seja física ou psicológica.
Quando sentimos que os sinais de alerta estão presentes no nosso dia a dia, é essencial que sejamos capazes de parar e perceber qual a melhor forma de inverter o cenário de eventual burnout. Sempre que não o conseguimos fazer sozinhos, é essencial procurar ajuda. Recorde-se que é quando ignoramos os primeiros sinais de alerta, que deixamos espaço para que quadros de sofrimento cresçam e se consolidem e para que, mais tarde, se torne difícil libertarmo-nos de todo o sofrimento.
Um artigo das psicólogas clínicas Cátia Lopo e Sara Almeida, da Escola do Sentir.