O burnout caracteriza-se por cansaço físico e psicológico extremo associado a fatores laborais e é uma realidade difícil de gerir, principalmente porque os primeiros sinais de burnout são, regra geral, desvalorizados e considerados, pela maior parte de nós, apenas “cansaço”.
Cada vez mais vemos o mundo do trabalho a invadir o mundo pessoal, como se, de repente, as barreiras fossem escassas. Da mesma forma, como cada vez mais os níveis de exigência de alguns tipos de trabalho são crescentes e tomam proporções difíceis de gerir, e assim é cada vez mais comum ouvirmos falar em situações de burnout.
O burnout caracteriza-se por cansaço físico e psicológico extremo associado a fatores laborais e é uma realidade difícil de gerir, principalmente porque os primeiros sinais de burnout são, regra geral, desvalorizados e considerados, pela maior parte de nós, apenas “cansaço”. E quando assim é, só nos apercebemos do burnout quando ele atinge proporções desmedidas. Por isso, é importante termos conscientes alguns passos que nos podem ajudar a evitar o burnout.
1 – Aprender a diferenciar cansaço de burnout – Quando nos sentimos cansados, se fizermos pausa por 2 ou 3 dias, o nosso corpo revigora e voltamos a sentir a energia necessária ao nosso trabalho. Quando estamos com indícios de burnout, por muito que tiremos tempo de descanso, parecemos nunca recuperar a energia que nos falta.
2 – Sermos capazes de respeitar os nossos limites e expressarmo-nos – sermos capazes de identificar os nossos limites e conseguirmos dizer ‘não’ de forma clara sempre que eles são ultrapassados, é absolutamente essencial para garantirmos que o mundo do trabalho não se sobrepõe àquilo que é a nossa capacidade efetiva e a nosso bem-estar pessoal.
3 – Reforçarmos a nossa segurança interna – a verdade é que se estivermos menos seguros de nós próprios será sempre mais difícil, definirmos os nossos limites, identificarmos os nossos próprios sinais de alerta e agirmos em tempo real de acordo com o nosso bem-estar. Por isso, sempre que reforçamos a nossa segurança interna e a nossa auto-confiança criamos uma ‘rede protetora’ do burnout.
4 – Estabelecermos relações positivas em contexto laboral – as relações que estabelecemos com os outros servem de ‘almofada’ para amparar os momentos mais difíceis, assim, também em contexto de trabalho é essencial estabelecer relações positivas e de confiança que nos permitam amortizar as dificuldade que, invariavelmente, vão surgindo ao longo do percurso profissional.
5 – Sermos flexíveis connosco próprios – é essencial aceitarmos que nem sempre conseguimos a melhor performance, que por vezes, falhamos e que isso não é sinal de fracasso. Assim, perante as nossas falhas devemos ser flexíveis e adaptáveis, mais do que extremamente rígidos e punitivos connosco próprios.
Ao fazer estes 5 passos acabamos por promover o nosso bem-estar e evitamos chegar a níveis extremos de cansaço que nos atiram para considerações de saúde mais debilitadas e que podem ter consequências a longo prazo em várias áreas da nossa vida. Assim, nunca se esqueça de estar atento a si próprio e aos seus sinais de alerta.
Um artigo da psicóloga Cátia Lopo e Sara Almeida, da Escola do Sentir.