Conheça os 10 erros mais comuns que cometemos ao tomar este tipo de medicamentos, explicados pela médica Alexandra Malheiro, especialista em Medicina Interna do Hospital Lusíadas Porto.

1. Tomar antibiótico sem prescrição médica

Os antibióticos são a melhor arma para o tratamento de infeções bacterianas, porém o seu uso indevido, seja por não serem os adequados à infecção em causa seja pela não necessidade do seu uso, como por exemplo infecções víricas, condiciona elevado risco de desenvolvimento de resistências de muitos microorganismos até aí sensíveis a esses antibióticos. Outro dos riscos de toma de antibióticos sem prescrição é a toxicidade dos mesmos. Cada antibiótico tem a sua indicação e uso próprio, por esses motivos é proibida a venda destes sem prescrição médica.

2. Tomar o antibiótico com sumo ou leite

Alguns antibióticos são inativados na presença de certos alimentos nomeadamente do leite, pelo que é sempre preferível tomá-los com água simples.

3. Não tomar a dose de antibiótico prescrita

A dose de antibiótico prescrita pelo seu médico leva em conta o tipo de microorganismo identificado ou suspeito (a dose prescrita deve ser a mínima necessária para obter efeito) e fatores do próprio doente como sejam o seu peso, a existência ou não de insuficiências orgânicas como hepáticas ou renais por forma a evitar efeitos tóxicos.

4. Misturar álcool com antibiótico

O álcool diminui a eficácia antibiótica e pode até aumentar a sua toxicidade pelo que não deve ser misturado com os antibióticos.

5. Não consultar o prazo de validade

O prazo de validade na caixa dos medicamentos está lá inscrito para nossa proteção, quer isso dizer que ultrapassada a data de validade este poderá não se encontrar em boas condições e o seu uso ao invés de benéfico pode tornar-se inútil e perigoso.

6. Deitar a embalagem do antibiótico fora com o medicamento lá dentro

O remanescente de antibiótico, se existir, deve ser entregue numa farmácia para que possa ser providenciada a sua destruição correta, de outra forma corremos o risco de que o antibiótico incorretamente eliminado possa vir a poluir águas ou terrenos com subsequente entrada na cadeia alimentar.

7. Combinar medicamentos por iniciativa própria

Não só com os antibióticos mas com qualquer medicamento o risco de auto-medicação ou combinação por iniciativa própria é sempre uma atitude arriscada nomeadamente pelo risco tóxico e, no caso dos antibióticos, por riscos acrescidos de resistência.

8. Não prestar atenção a possíveis efeitos secundários

Como com qualquer medicamento devemos estar atentos a sintomas ou sinais invulgares que surjam na sequência da sua toma. Se estes existirem devemos comunica-los ao nosso médico. Os efeitos secundários poderão exigir a suspensão do tratamento bem como a substituição daquele antibiótico por outro pelo que é essencial dar conhecimento ao médico dessa situação.

9. Não fazer o tratamento completo

É um erro comum a interrupção do antibiótico quando o doente já se sente bem. Isso leva ao aparecimento de resistências entre os microorganismos podendo tornar um bom antibiótico num medicamente inútil numa futura infeção.

10. Esquecer-se de tomar o antibiótico

Para o correto efeito do antibiótico e concomitante menor risco de desenvolvimento de resistências ao mesmo, este deve ser tomados a horas fixas, conforme prescrito, o que tem a ver com o seu tempo efetivo no plasma do doente. O não cumprimento destes horários poderá conduzir a um mau resultado.

De: https://lifestyle.sapo.pt/saude