Secretária de Estado da Promoção da Saúde participou em encontro sobre papel dos municípios nas boas práticas amigas dos idosos.

Os 16 municípios do Algarve assinaram esta segunda-feira, dia 9 de outubro, um protocolo com a Direção-Geral da Saúde (DGS) para implementar um conjunto de boas práticas mais amigas dos idosos, que serão posteriormente estendidas a todo o país.

A Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, presidiu à sessão de abertura do Development of National Age-friendly Cities and Communities Programme in Portugal – Technical meeting, em Loulé, altura em que destacou a importância da promoção da saúde para cumprirmos este desígnio nacional.

“Portugal está entre os países que apresentam um Índice de Envelhecimento mais elevado, e o que está a envelhecer a um ritmo mais acelerado no conjunto dos 27 estados-membros da União Europeia, sendo por isso tão relevante a concretização do objetivo assumido pelo Governo de promover uma cidadania sénior ativa, através da definição de um plano de ação capaz de responder às transformações que ocorrem nesta fase, garantindo qualidade de vida e dignidade”, afirmou a Secretária de Estado da Promoção da Saúde.

“Trata-se de um objetivo que é transversal a várias áreas governativas, mas sobretudo na Saúde existem dimensões significativas do envelhecimento em que as políticas públicas operam de modo preventivo”, acrescentou Margarida Tavares.

A governante recordou que o Plano Nacional de Saúde 2030, aprovado recentemente, inclui como objetivo estratégico promover a longevidade e o envelhecimento ativo e saudável – o desígnio de promover comportamentos, culturas e comunidades saudáveis. Neste contexto, partilhou será aprovado em breve o Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável.

“Assegurar o envelhecimento ativo é aumentar a expectativa de uma vida saudável e com qualidade de vida para todas as pessoas, ao longo do seu curso de vida, incluindo as mais vulneráveis e frágeis, as fisicamente ou mentalmente incapacitadas e que por isso requerem mais cuidados”, reforçou.

Para Margarida Tavares, “a abordagem deste tema é indissociável da promoção da saúde e prevenção da doença e implica a garantia do acesso equitativo a cuidados de saúde de qualidade, com a finalidade de potenciar a independência e autonomia durante o processo de envelhecimento. Através da promoção da saúde pretende-se que as pessoas possam optar por ambientes e atitudes que aumentem e mantenham o seu capital de saúde, prevenindo a doença ou a incapacidade e controlando melhor os fatores de risco que estão associadas ao processo de envelhecimento”.

“Não podemos esquecer, no entanto, que as gerações que têm agora 65 e mais anos são aquelas que se confrontaram com mais dificuldades no início de vida, têm menores níveis de escolaridade, longas carreiras de trabalho, em condições muitas vezes duras, que não tiveram oportunidade de usufruir das vantagens que os cuidados sociais e de saúde hoje em dia nos proporcionam para preparar um envelhecimento mais protegido”, recordou a Secretária de Estado, concluindo que a resposta a estas pessoas convocam todos os agentes, sendo as autarquias fundamentais para integrar “a voz ativa e a sabedoria dos cidadãos mais velhos, reforçando a sua participação cívica e social”.

De: https://www.sns.gov.pt