Mais de 70% dos portugueses nunca ouviram falar da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, apesar de ser a terceira causa de morte a nível mundial e a quinta em Portugal. Esta é uma doença progressiva que limita o fluxo de ar nos pulmões, dificultando a respiração.

Um estudo nacional da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), realizado pela Spirituc em 2022, revelou que a falta de conhecimento sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é generalizada, mesmo entre os fumadores, que são o principal grupo de risco. No mês em que se assinala o Dia Nacional da Reabilitação Respiratória, a SPP deixa o alerta sobre o desconhecimento da DPOC, nomeadamente, para a gravidade desta doença ser frequentemente subestimada.

“É alarmante que a DPOC, uma doença tão grave e, na maioria das vezes, altamente incapacitante, seja tão pouco conhecida entre a população portuguesa”, afirma António Morais, presidente da SPP. “Adicionalmente, é preocupante não existir uma noção clara da prevalência em Portugal. Acreditamos, assim, que é fundamental um maior investimento em campanhas de informação e sensibilização, de forma a que as pessoas possam identificar os sintomas e procurar ajuda médica atempadamente”.

A DPOC é uma doença progressiva que limita o fluxo de ar nos pulmões, dificultando a respiração. Os principais fatores de risco são o tabagismo e a exposição a poluentes atmosféricos, como o fumo do tabaco passivo e o pó industrial. O desconhecimento sobre esta doença abrange não só os sintomas e fatores de risco, como também os métodos de diagnóstico e o seu impacto ao nível da mortalidade. Com uma prevalência estimada de cerca de 5,4% em Portugal e uma taxa de mortalidade significativa, a DPOC continua a ser uma ameaça silenciosa para a saúde pública.

Com uma taxa de mortalidade de cerca de 8,7 por 100.000 habitantes, a DPOC é uma doença respiratória crónica que pode limitar a capacidade das pessoas para realizar atividades diárias normais. Aparece, em 90% dos casos, em fumadores e foi responsável por mais de 2.600 óbitos em Portugal em 2020.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem melhorar significativamente a qualidade de vida dos doentes e reduzir o número de mortes.

De: https://lifestyle.sapo.pt