Esta patologia crónica e evolutiva precisa de cuidados ao longo de todo o ano.

Os sintomas da Doença Venosa Crónica tendem a agravar-se nos meses mais quentes, contudo não deve esperar pela chegada do verão para tratar da saúde das suas pernas.

A sensação de pernas pesadas e cansadas, a comichão e o inchaço são alguns dos sinais e sintomas de Doença Venosa Crónica (DVC), muito desconfortáveis e incapacitantes, que podem ter impacto no dia a dia do doente.

Apesar de haver um agravamento dos sintomas no verão, para tratar esta patologia crónica e evolutiva é fundamental cuidar da saúde das pernas em qualquer época do ano.

A DVC afeta as paredes e válvulas das veias das pernas e por isso pode manifestar-se através do aparecimento de derrames, varizes, edema e pigmentação da pele.

“Os sintomas da DVC estão associados à dificuldade na circulação do sangue das pernas para o coração, pelo que podem ser minimizados através de uma série de cuidados diários para promover a boa circulação venosa e retardar a progressão da doença”, refere o Roger Rodrigues, médico especialista em Cirurgia Vascular do Hospital de Braga.

“Por ser uma doença crónica e evolutiva, a DVC tende a progredir com o abandono do tratamento e dos cuidados diários que muitos doentes adotam durante os meses mais quentes para melhorar a circulação sanguínea. Por isso, é crucial que o doente mantenha o tratamento ao longo de todo o ano e vigie a sua evolução. Em caso de dúvida, deve procurar um profissional de Saúde”, acrescenta o especialista.

Conheça cinco cuidados diários que ajudam a melhorar a circulação sanguínea e a aliviar as pernas pesadas ao final do dia.

OS CINCO CUIDADOS DIÁRIOS

  1.  Fazer exercício físico regulamente, mesmo que o tempo mais frio não seja tão convidativo;
  2.  Exercitar as pernas em todas as circunstâncias;
  3.  Passar água fria nas pernas, ao deitar, para estimular o funcionamento venoso e aliviar a dor e sensação de pernas pesadas;
  4.  Movimentar as pernas antes de dormir;
  5.  Elevar as pernas durante o sono para estimular o retorno venoso.

Quanto ao tratamento, este depende da situação de cada doente e da gravidade dos sintomas, pelo que deve ser adaptado caso a caso, podendo incluir medicamentos venoativos, compressão elástica, ou até mesmo intervenções cirúrgicas.

A compressão e a medicação são medidas habitualmente prescritas de forma contínua, mas deve sempre avaliar a situação com o seu médico.

De: https://mood.sapo.pt