Causam desconforto físico, bem como um certo desgosto pela sua aparência, e podem ter complicações graves. Não têm cura, mas têm tratamento.

Varizes. Um dia não existem, no dia seguinte estão nas nossas pernas. Ou começam a surgir os primeiros sinais de que talvez estejam a caminho: dor, cãibras, pernas cansadas, inchaço, sensação de formigueiro. As varizes são o sintoma mais visível de doença venosa crónica, uma patologia que atinge mais mulheres do que homens.

Gravidezes múltiplas, idade, obesidade e hereditariedade são outros fatores que contribuem para a doença, a par de aspetos relacionados com o estilo de vida, como passar longos períodos em pé.

Não havendo cura, há, porém, forma de aliviar os sintomas e de combater as indesejadas consequências estéticas.

Num estádio precoce, é importante o uso diário de meias elásticas e medicamentos (flebotónicos), praticar exercício físico, manter uma dieta rica em fibras e uma boa hidratação.

Quando não tratada, a doença venosa crónica pode ter complicações mais graves, como: inflamação e esclerose cutânea, formação de trombos (flebite e trombose venosa profunda), úlceras de perna, hemorragias. As varizes podem, contudo, evoluir sem sintomas e o seu tratamento ser necessário puramente por razões estéticas.

Para estados mais avançados da doença, poderá ser necessário recorrer à cirurgia, que atualmente pode ser um tratamento minimamente invasivo, feito por exemplo através de energia de laser.

Este procedimento é realizado sob anestesia local e em regime de ambulatório, sendo apenas necessária uma incisão milimétrica na pele, que não requer sutura.

Comparado com os métodos clássicos, está associado a uma menor dor e equimoses durante a recuperação, tem um resultado estético muito superior e não deixa cicatrizes.

Por Sérgio Silva – Cirurgião vascular

De: https://mood.sapo.pt