Ricardo Mestre conta com os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica para “tornar o Serviço Nacional de Saúde mais atrativo”

“Temos de conseguir transformar o enorme investimento que os portugueses fazem no Serviço Nacional de Saúde em cuidados de saúde efetivos para os cidadãos”, disse o Secretário de Estado da Saúde, na abertura da conferência “A política dos Recursos Humanos no SNS”, que se realizou no dia 22 de abril, no Porto.

Na sua intervenção, Ricardo Mestre fez um apelo “a um compromisso coletivo para responder aos cidadãos”, sinalizando que a conferência organizada pelo Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) são um contributo para debater “o desafio dos Recursos Humanos e a participação que os profissionais devem ter na gestão e na organização das estruturas de saúde”.

“Os recursos humanos, sobretudo num contexto de escassez de profissionais de saúde em todo o mundo, são o principal desafio dos sistemas de saúde”, salientou o secretário de Estado, relembrando que diversos estudos apontam para “uma falta de 10 milhões de profissionais de saúde no mundo em 2030”.

Ricardo Mestre referiu que Portugal tem tentado inverter esta tendência através do investimento em recursos humanos. “Temos hoje mais 25% dos profissionais que em 2015”, disse, reconhecendo que “persistem desafios relacionados com a necessidade de investir e valorizar estes recursos humanos”.

Tornar o Serviço Nacional de Saúde cada vez mais atrativo

Um dos temas abordados pelo Secretário de Estado da Saúde foi o desafio da preservação da força de trabalho no SNS, numa economia global, onde as necessidades de profissionais são transversais. Neste contexto, Ricardo Mestre considera “essencial tornar o Serviço Nacional de Saúde cada vez mais atrativo”.

O governante elencou o trabalho que está a ser realizado na Saúde, nomeadamente o aumento da disponibilidade financeira para o SNS, “um investimento total de 14,5 mil milhões de euros”, um acréscimo de 40% face a 2019 “e cuja tendência de crescimento será mantida em futuros Orçamentos do Estado”.

O governante referiu ainda a reorganização do SNS, assente “numa nova estrutura de gestão do serviço público de saúde com a Direção Executiva, assente num modelo de governação em rede”, bem como o processo a criação de novas Unidades Locais de Saúde, de novos Centros de Responsabilidade Integrada, “reformas que abrem perspetivas a uma melhor gestão de recursos, rentabilização da capacidade instalada e uma oportunidade para envolver os profissionais de saúde”.

Ricardo Mestre disse ainda estar “empenhado em ir mais longe face aos avanços feitos em 2017” na carreira dos Técnicos Superiores de Saúde de Diagnóstico e Terapêutica, referindo ser parte desse processo “a criação de condições para que os profissionais tirem partido do conhecimento que possuem”, enunciado o conjunto de investimento em curso, nomeadamente na simplificação das ferramentas de trabalho.

“Estamos a usar o Plano de Recuperação e Resiliência para requalificar as infraestruturas do SNS: são 100 novos centros saúde, mais de 300 requalificações, que permitirão aumentar a diferenciação dos cuidados de saúde primários”, disse o Secretário de Estado da Saúde.

Ricardo Mestre acrescentou ainda que o objetivo “é transformar o investimento dos portugueses em cuidados de saúde para os cidadãos”, deixando um apelo ao “envolvimento de todos – organismos, profissionais de saúde, e claro os técnicos de diagnóstico e terapêutica – no movimento de modernização do SNS”.

De: https://www.sns.gov.pt/noticias/2023/04/25/politica-recursos-humanos-sns/