Ministro da Saúde participou na inauguração da nova sede da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares.

“É importante generalizarmos o consumo dos medicamentos que são mais acessíveis e cuja eficácia e segurança está amplamente demonstrada.” Esta foi uma das principais mensagens deixada pelo Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que participou na quarta-feira, dia 22 de março, na inauguração da nova sede da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (Apogen), em Lisboa.

Para o governante, “não há nenhuma duvida que a esmagadora maioria das condições clínicas da quais as pessoas sofrem, e nas quais podemos interferir de forma medicamentosa, mudando a qualidade e a expetativa de vida, são suscetíveis de serem tratadas por medicamentos genéricos”. O Ministro da Saúde defendeu a importância da inovação em saúde para continuarmos a alcançar resultados que fazem a diferença na vida das pessoas, justificando que é por isso mesmo que é importante reservar todas as verbas possível para “casos com soluções mais complexas e mais caras”.

Manuel Pizarro reiterou que este é um caminho que a tutela não pode fazer sozinha, voltando a garantir a disponibilidade para o diálogo e o trabalho conjunto. “Temos tido dificuldade em fazer crescer a quota de medicamentos genéricos”, disse, explicando que a atual quota tem estado praticamente estabilizada, perto dos 50%. “Há fenómenos nos quais temos de atuar diretamente, como a qualidade da prescrição”, referiu, frisando que “a forma como a despesa é feita tem de ser mais adequada”.

O Ministro entende que nos próximos anos era importante atingir uma quota de 60% no consumo de medicamentos genéricos, “mas é algo para o qual temos de trabalhar ou não vai acontecer”. Simultaneamente, Manuel Pizarro destacou o esforço que tem sido feito para garantir que o mercado proporciona melhores condições para que não existam falhas de medicamentos, recordando que em janeiro, pela primeira vez, foi feita uma atualização do preço dos medicamentos focada nos produtos mais baratos e em que a sustentabilidade podia estar em causa.

“Não se pode imaginar corrigir de uma vez um desacerto com 20 anos”, alertou, comprometendo-se, antes, com “passos seguros e com tranquilidade”. Na sua mensagem final, o governante desafiou a indústria a contribuir para um necessário aumento das exportações na área da saúde.

O peso das exportações teve uma evolução positiva, situando-se nos 2400 milhões de euros em 2022, quando no ano anterior era de 1800 milhões, mas o valor precisa de crescer bastante mais para ajudar o país a gerar mais riqueza.

De: https://www.sns.gov.pt/noticias/2023/03/24/importancia-dos-medicamentos-genericos/