Margarida Tavares renovou o compromisso do Governo com medidas de combate ao estigma e discriminação das pessoas que vivem com infeção por VIH.

“Se é certo que os resultados dos últimos dois anos mostram uma evolução globalmente favorável ao nível do estigma e da discriminação sofridos pelas pessoas que vivem com VIH quando comparados com 2013, é igualmente verdade que os dados evidenciam dificuldades persistentes em várias áreas”, disse Margarida Tavares, na apresentação de resultados do Índice do Estigma das Pessoas que Vivem com VIH (PVVIH).

O Sitgma Index, divulgado no dia 1 de março, em Lisboa, é um projeto internacional aplicado pela primeira vez em Portugal em 2013 e replicado em 2021/2022 pelo Centro Anti-Discriminação VIH, com financiamento da Direção-Geral da Saúde e em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública. O estudo, em que participaram 1.095 pessoas que vivem com VIH, das regiões de Lisboa, Porto, Coimbra e Faro, realça como aspetos que parecem ter piorado desde 2013, a confidencialidade dos registos médicos e a atuação perante situações de discriminação.

Neste contexto, a Secretária de Estado da Promoção da Saúde considerou fundamental continuar a medir os fenómenos de discriminação, não só porque “os resultados deste estudo mostram um retrato das situações de discriminação, mas também um retrato de uma parte das PVVIH e dos desafios que enfrentam”, nomeadamente o facto de serem “uma população progressivamente mais envelhecida, mais só, com baixa escolaridade, com níveis de desemprego superiores à população geral e baixos rendimentos”.

Na sua intervenção, a governante defendeu a importância de “estudar as experiências de estigma e discriminação de que são alvo as pessoas que vivem com a infeção pelo VIH, aumentada e relacionada com outros fatores de vulnerabilidade social”, sobretudo em situações de prestação de cuidados de saúde, contexto que Margarida Tavares assume ser, “desde sempre, um dos mais desafiantes, pois ser um lugar onde mais se revela e fala de infeção” e onde “é exigido respeito por direitos fundamentais”.

A Secretária de Estado deixou ainda “um agradecimento profundo a todos os profissionais de saúde” pelo trabalho que permitiu “aumentar exponencialmente o nível de acesso a tratamento e a qualidade dos cuidados”, renovando o compromisso do Governo com o reforço de medidas de monitorização, acompanhamento e atuação perante situações de estigma e discriminação no âmbito da infeção por VIH.

De: https://www.sns.gov.pt/noticias/2023/03/01/discriminacao-de-pessoas-com-vih/